Parlamentar entende que governo fez um grande esforço no atual cenário econômico

O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) avaliou como positivo o anúncio do Plano Safra 2022/2023, lançado oficialmente pelo governo federal nesta quarta-feira (29). Segundo o parlamentar, o Palácio do Planalto fez um grande esforço considerando o atual cenário econômico internacional. “Há muitos anos que o Plano Safra não deve ser comemorado. E isso vem de longe, não é desse governo. Cada vez mais o dinheiro para financiar as atividades do agronegócio virão do setor privado e precisamos garantir a maior segurança jurídica possível para fazer com que o custo desse dinheiro caia”, ressaltou. Além disso, Jerônimo entende que o mais importante agora é garantir que os recursos cheguem o mais rápido possível nas mãos do produtor rural.

O parlamentar ressaltou ainda o avanço do montante disponibilizado para a subvenção do seguro rural, que contará com R$ 2 bilhões. “A atividade rurícola é de altíssimo risco e precisa estar coberta com garantias especiais. E temos visto a repetição de eventos climáticos que trazem prejuízos incalculáveis para setor”. Jerônimo ainda considerou que a agricultura familiar ficou bem contemplada no pacote. “O aumento das taxas de juros já era algo previsto, mas o aumento do valor dos recursos livres vai dar um fôlego. O cobertor está bem curto e o crédito não está barato”, acrescentou o deputado. O ponto negativo na avaliação do parlamentar foi a ausência de mecanismos para atacar o elevado grau de endividamento dos produtores rurais.

O setor produtivo nacional poderá contar com um orçamento de R$ 340,9 bilhões por meio do Plano Safra 2022/2023, Serão destinados R$ 246,3 bilhões ao custeio e R$ 94,6 bilhões para investimentos, que passam a valer a partir desta sexta-feira, 1º de julho.

Queda no desemprego
O deputado Jerônimo Goergen destacou ainda a queda nos números do desemprego, que ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio, a menor taxa para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,3%. O número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. “E eu não tenho dúvida que com um Plano Safra bem executado essa taxa vai cair ainda mais até o final do ano”, concluiu.
Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano. Já a população desocupada, estimada em 10,6 milhões de pessoas, recuou 11,5% frente ao trimestre anterior, o que representa 1,4 milhão de pessoas a menos. No ano, a queda foi de 30,2%, menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas.