Deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) criticou voto em lista e falta de punição para caixa dois no relatório apresentado nesta terça-feira (4)

          ReformaPolíticaFoi apresentado nesta terça-feira (4) o relatório da proposta de reforma política, elaborado pela comissão especial destinada a propor alterações no sistema político-eleitoral brasileiro. Membro titular do colegiado, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) criticou o resultado apresentado, que, entre outros pontos, estabelece o voto em lista e não estabelece a punição para a prática de caixa dois. “Isso é autoproteção para políticos. Com tudo o que está acontecendo no Brasil, esse relatório simplesmente ignora os anseios da sociedade, que exige novas práticas para as próximas eleições”, destacou. Jerônimo lembrou que o texto vai na contramão do pacote anticorrupção aprovado no ano passado pela própria Câmara e que aguarda a apreciação dos senadores.

          Para Jerônimo, mais uma vez o Brasil perde a chance de fazer uma verdadeira reforma política. Na avaliação do parlamentar, a proposta de lista fechada acaba criando a condição de reeleição dos atuais mandatários. “Isso não coincide com a que a sociedade espera de nós, é algo que precisa ser rejeitado. A vontade do eleitor não será respeitada e teremos um Congresso ilegítimo e mais fragilizado, aumentado a crise da sociedade com o Parlamento”, esclareceu. Na prática, com o voto em lista, o eleitor vota em partidos e não mais em candidatos.

Além da lista fechada e da ausência de criminalização de caixa dois, o relatório da reforma política estabelece o financiamento público de campanha, a extinção dos cargos de vice para presidente, governador e prefeito, mandato de cinco anos para cargos no Executivo e o fim da reeleição.