Deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) fez um apelo em defesa da votação de propostas e o anúncio de medidas concretas de apoio aos agricultores

Já faz 20 dias desde que a Bancada Gaúcha em Brasília promoveu uma ampla reunião de mobilização em defesa de medidas contra a grave crise hídrica que atinge o Rio Grande do Sul. Desde então não houve avanços significativos. A falta de ação e medidas concretas levou o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) a fazer um apelo ao governo federal. “Precisamos que o Palácio do Planalto edite uma Medida Provisória abrindo crédito emergencial para atender os produtores rurais. E o Congresso Nacional também precisa atuar, com a edição de um PLN para tapar o rombo dos recursos equalizados. Isso foi o combinado naquele encontro que tivemos no Ministério da Agricultura”, recordou.
O parlamentar ressaltou que o governo federal precisa encontrar espaço orçamentário para dar o suporte às milhares de famílias afetadas pela seca. Pelo menos 422 cidades gaúchas decretaram situação de emergência. “É uma tragédia social e econômica. A perda da produção vai produzir um efeito cascata em todas as cadeias produtivas, com a previsão de queda de 8% no PIB estadual”, advertiu Jerônimo.
Segundo estimativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), seriam necessários R$ 5,7 bilhões para atender toda a demanda: R$ 3 bilhões para destravar o atual Plano Safra, R$ 1,2 bilhão para parcelar as dívidas dos produtores familiares, R$ 1 bilhão para parcelar as dívidas dos demais produtores e R$ 500 milhões adicionais para manter o Seguro Rural.
Reunião emergencial
Em ofício encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Jerônimo Goergen sugere a realização de uma reunião emergencial para tratar do assunto. O parlamentar lembra que as comissões temáticas ainda não foram instaladas e, portanto, uma audiência na Comissão de Agricultura está descartada neste momento. “Temos que mobilizar de alguma maneira, fazer a Câmara reagir ao clamor que vem do campo”, explicou.
O parlamentar disse compreender que a guerra entre Rússia e Ucrânia está trazendo novos problemas ao Brasil, como o aumento do barril de petróleo ou a ameaça no abastecimento de fertilizantes, mas que os produtores rurais não podem ser jogados à própria sorte.