Recursos serão repassados às prefeituras de Mostardas e Tavares, que receberão R$ 250 mil cada para o enfrentamento dos efeitos da seca

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou a liberação emergencial de R$ 500 mil para o enfrentamento da gravíssima estiagem que assola o Parque Nacional da Lagoa do Peixe. A Unidade de Conservação está localizada no Litoral Sul do Estado, abrangendo os municípios de Tavares e Mostardas. Cada prefeitura receberá R$ 250 mil para o apoio dos 201 pescadores artesanais que vivem da atividade. A falta de chuvas na região provocou o secamento da Lagoa do Peixe, produzindo um cenário desolador, com a morte de milhares de peixes. O esvaziamento ocorre justamente no meio da safra do camarão-rosa, principal produto que sustenta de forma direta todas as famílias.
Há cerca de duas semanas, alertado pelos prefeitos Moisés Pedone (Mostardas), Gardel Araújo (Tavares), vereadores e lideranças das duas comunidades, o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) relatou a situação e cobrou uma resposta dos diferentes órgãos e instâncias de governo: presidente Jair Bolsonaro, ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e ICMBio. “Na videoconferência que tivemos com a ministra Tereza Cristina na última terça-feira (8), ela me confirmou o apoio da pasta. Só nos resta agradecer pela sensibilidade e o pronto atendimento ao nosso pleito”, destacou o parlamentar.
Jerônimo acrescenta que o Seguro Defeso também está sendo liberado para os pescadores artesanais como forma de minimizar os impactos econômicos e sociais, uma vez que a renda anual dessas famílias depende exclusivamente da pesca artesanal. Na próxima segunda-feira (14), o Ministério da Agricultura deve abrir o sistema para que os municípios fiquem habilitados a receber os recursos. As prefeituras ainda vão estudar a melhor forma de utilizar os valores. Uma das ideias é que parte dos recursos possa ser investido na compra de equipamentos que proporcionem uma nova fonte de renda, já que a pesca se tornou inviável neste momento. Os reflexos ambientais também estão sendo sentidos. A mortandade de peixes pode trazer um grave desequilíbrio à biodiversidade, já que as aves migratórias se dependem desse ecossistema.