Como reciprocidade, governo de Cuba aplicou um calote de mais de R$ 200 milhões em alimentos adquiridos de agroindústrias nacionais

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) voltou a cobrar neste sábado (28) uma solução para o calote de mais de R$ 200 milhões dado por Cuba às empresas brasileiras que exportaram alimentos para a ilha e até hoje não viram a cor do dinheiro. O problema se arrasta há anos sem solução como uma herança da política comercial dos governos petistas com o governo cubano. “Esse caso é gravíssimo, ainda mais agora que o próprio presidente do BNDES revelou que o Brasil aceitou charutos como garantia para um empréstimo bilionário para a construção do Porto de Mariel, em Cuba. Nossas empresas seguem sem receber pelos produtos enviados e o cidadão brasileiro pagou pela infraestrutura em outro país. Isso é revoltante”, afirmou Jerônimo.
O parlamentar acompanha o caso de perto desde 2017. Trata-se de um problema associado ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex), programa do Governo Federal de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços. O Banco do Brasil é a instituição financeira responsável pela operacionalização da linha de crédito. “Ao longo desses últimos anos fizemos dezenas de reuniões com o Banco do Brasil, a CAMEX e o Tesouro Nacional em busca de uma solução administrativa que permitisse o pagamento dos valores atrasados. Infelizmente, não houve ressarcimento dos valores devidos”, recordou o parlamentar.
O deputado é autor da Proposta de Fiscalização e Controle, que tramitou na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. A PFC 20 nvestigou o calote de Cuba às agroindústrias brasileiras dentro da linha do Proex. O relatório final dos trabalhos foi aprovado no final do ano passado e o parecer encaminhado aos órgãos competentes para a tomada de providências.