Medida visa equalizar preços e garantir distribuição do cereal, que sofre com o excesso de oferta no mercado internacional

O governo federal deve editar nos próximos dias uma portaria que prevê o aporte de pelo menos R$ 150 milhões para garantir o escoamento da safra através da equalização de recursos do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e do Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (PEPRO). A medida depende de uma decisão conjunta dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento e deve ser assinada em até dez dias.

De acordo com o coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPAer), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), os mecanismos vão ajudar na distribuição do cereal brasileiro, regulando os preços no mercado interno. “Há um excesso do grão no mundo, principalmente na Argentina, um grande e tradicional produtor. Por isso, precisamos desse aporte, que vai evitar que o nosso agricultor tenha prejuízos na hora de vender sua produção”, explicou. Jerônimo destaca que, sem o PEP e o PEPRO, a saca de 60 quilos do cereal acaba sendo comercializada abaixo do preço mínimo definido pelo governo federal, estipulado em R$ 38,65.

O Rio Grande do Sul deve colher cerca de 2,2 milhões de toneladas, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é de um haja um excedente entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de toneladas, volume que deve ser exportado, principalmente para os estados do Norte e Nordeste do Brasil.