Tecnologia EMAS é vista como a melhor alternativa para criação de área de escape no final das pistas do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
O presidente da Frente Parlamentar dos Aeronautas (FPAer), deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), defendeu nesta segunda-feira (22) uma solução alternativa de engenharia que pode impedir o aterramento da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. O parlamentar entende que a implantação da tecnologia conhecida como EMAS (Engineered Material Arresting System) ao final das pistas do Aeroporto Santos Dumont evitaria a judicialização do debate. “Essa discussão se arrastaria por anos nos tribunais. Temos uma alternativa altamente eficaz que não agride o meio ambiente e confere maior segurança para as operações aeroportuárias. O EMAS garante a parada das aeronaves e salva vidas”, destacou o presidente da FPAer.
O especialista em segurança de voo, Paulo Licati, explica que, ao diminuir a velocidade de uma aeronave durante uma saída de pista, o EMAS limita as lesões potenciais aos passageiros, ocasionada por uma parada abrupta. Isso pode acontecer na água ou em terra firme. “Em 2016, tivemos um incidente aeronáutico que ocorreu no Aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, que poderia ter se tornado um acidente de grandes proporções. O EMAS ajudou a desacelerar a aeronave, salvando muitas vidas, inclusive a do candidato a vice-presidente dos Estados Unidos à época, Mike Pence”, lembrou Licati. Segundo ele, para que o EMAS seja implantado no Aeroporto Santos Dumont, o edital de licitação do terminal deve constar a tecnologia, sob pena da discussão se arrastar por longos anos e de forma equivocada.
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, será o primeiro da América Latina a receber O EMAS. O projeto está sendo realizado pela KIBAG Brasil, empresa que integra o consórcio vencedor da licitação. “É algo revolucionário para a segurança de voo no Brasil. Estamos criando uma área de escape construída com concreto celular feito à base de vidro reciclado. Esse material se deforma quando uma aeronave ultrapassa o limite final da pista e promove a sua desaceleração gradual e segura. Estamos oferecendo uma chance real para impedirmos tragédias como as que já ocorreram no passado”, destacou o deputado Jerônimo Goergen, responsável por apresentar a tecnologia ao governo brasileiro.
Assista ao vídeo para conferir o EMAS em ação numa saída de pista real:
novembro 22, 2021
Mudar o eixo da pista também evita aterramentos, mesmo o aterramento relativamente mínimo proposto com o EMAS. Com isso, a pista não ficaria alinhada ao Pão de Açúcar e teria imensa área livre após a decolagem.
Basta o município desapropriar os prédios da ilha de Villegagnon onde fica a escola naval e outras dependências da marinha! Além de área livre a pista de pouso ficaria maior e mais segura. Saudações e bons voos,