Para deputado Jerônimo Goergen, reconhecimento vai permitir a ampliação do mercado internacional, mas exigirá atenção redobrada com ações de sanidade

A partir desta quarta-feira (19), o Rio Grande do Sul ingressará num seleto grupo de seis estados com reconhecimento nacional como zona livre de aftosa, o que dispensará a vacinação dos rebanhos. Um ato solene entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o governador Eduardo Leite marcará essa nova fase. Na avaliação do deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), a inclusão nesse novo status permitirá a ampliação do mercado internacional, mas vai exigir das autoridades, indústria e produtores uma atenção redobrada com ações de sanidade. “Os benefícios são diretamente proporcionais ao tamanho da responsabilidade”, ponderou o parlamentar.
Desde 2003, quando começou a carreira política como deputado estadual na Assembleia Legislativa gaúcha, Jerônimo Goergen se dedicou às questões de sanidade animal e vegetal que, segundo ele, representam as principais barreiras comerciais entre os países. “Embargos comerciais, ameaças de retaliação, suspensão da compra de alimentos, tudo isso têm como pano de fundo os aspectos da saúde humana”, ressaltou. Depois de ter participado de encontros em Caracas e Cartagena, foi dele a iniciativa de trazer para o Rio Grande do Sul o debate da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa). Criada em 1972, a Cosalfa tem como objetivo avaliar o andamento dos programas nacionais de controle e erradicação da febre aftosa na América do Sul.
Outro grande marco do qual o deputado Jerônimo Goergen foi o articulador é projeto que permitiu a criação do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa), um novo sistema de controle de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal. Gerenciado pelo governo do Estado e entidades do setor produtivo, o Fundesa funciona como uma parceria público-privada, cujos recursos são gerenciados pela própria cadeia produtiva em ações preventivas e de combate a doenças infectocontagiosas. “O Fundesa permitiu essa reorganização sanitária e a construção de uma imagem sólida da qualidade dos nossos produtos”, explicou. Segundo ele, o novo grande desafio será a busca do reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação, certificação hoje restrita ao estado de Santa Catarina.