Instalação de polos de pedágio na BR-386 devem ter novos debates sobre custo da tarifa

br116         O ministro dos Transportes, Porto e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, recebeu nesta terça-feira (14), a bancada gaúcha no Congresso Nacional. Os parlamentares apresentaram uma extensa pauta de reinvindicações envolvendo obras rodoviárias no Rio Grande do Sul. O primeiro item abordado foi com relação ao cronograma de execução da BR-116. De acordo com o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), o ritmo do projeto segue lentamente por conta da execução provisória do orçamento federal, que vinha trabalhando com a liberação de 1/12 avos. “Neste particular, o ministro nos confirmou que, já a partir de abril, a execução entrará no ritmo normal”, destacou.

 

Com relação aos lotes 1 e 2, que correspondem aos trechos Guaíba-Barra do Ribeiro-Sentinela do Sul, o ministro dos Transportes relatou que existem condições da obra ser concluída com os recursos disponíveis. “Se houver o pareamentos das empresas, ou seja, se elas sincronizarem as respectivas execuções, haveria a possibilidade até de receber um recurso adicional do que os R$ 60 milhões iniciais, mas dificilmente chegaremos aos R$ 140 milhões que pedimos”, informou Jerônimo. O parlamentar destaca que a bancada gaúcha deve destinar em 2017 uma emenda para a BR-116. Quanto à conclusão do entorno de Pelotas, o ministro afirmou que tem recursos disponíveis.

Com relação à BR-386, o ministro Maurício Quintella Lessa ficou de agendar nova reunião com a bancada gaúcha após a conclusão das rodadas de audiências públicas. “O ministro disse que não quer fazer nada com pressa. Sabemos que o modelo melhorou desde o início do debate, mas o pedágio ainda é caro e vai retirar competividade da nossa principal rodovia. Esperamos evoluir nesse debate e chegar em valores adequados para a nossa realidade”, acrescentou Jerônimo.

Os parlamentares gaúchos também aproveitaram o encontro para falar sobre a construção das pontes internacionais ligando Brasil e Argentina. Há um estudo de viabilidade ainda de 2015 que apontou um alto custo para a conclusão do empreendimento. Todas as três alternativas de ligação são consideradas muito caras e não têm prioridade dentro do Ministério dos Transportes. “Para mudar esse quadro, vamos provocar uma nova reunião entre representantes dos dois países, saber se a Argentina tem interesse. Do jeito como está, o projeto só sai se tiver dinheiro disponível no orçamento federal. Do contrário, teremos muita dificuldade em avançar numa concessão, haja vista o baixo retorno econômico do projeto”, finalizou.

 

– Foto: Divulgação / Dnit (Arquivo)