Logo após esse lamentável ocorrido pude fazer uma primeira manifestação, ao dizer que, diante de tantos problemas nacionais, tivemos que perder tempo e gastarmos energia com fatos como este. Mais uma vez, mantive a coerência que é a marca do meu mandato para definir meu voto, que foi pela libertação do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Apesar do tom exagerado de suas falas, também considerei exagerada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender e manter encarcerado o parlamentar ora julgado pelo Plenário da Câmara dos Deputados. Mesmo compreendendo o apelo da estabilidade política tão necessária, não podemos implementá-la ao elevado custo do descumprimento da Constituição. A prisão, ao meu ver, está equivocada. A punição deverá ser dada na esfera adequada e precisa ser firme. Não há aqui nenhum desrespeito ao STF, apenas o respeito ao cumprimento do mandato de um parlamentar. Ao observar o PT e os demais partidos de esquerda votando pela prisão, logo eles que não aceitaram Lula preso, só me deixa mais convicto do meu voto. Que isto sirva de lição para todos, inclusive para aqueles que se dizem representantes da “nova política”. Para mim, o que existe, é a boa política, que exige ponderação, equilíbrio e respeito, mesmo diante de decisões contrárias às nossas opiniões e ideologias. Que o erro admitido pelo colega não torne a se repetir por nenhum de nós parlamentares e que na esfera competente ele seja punido pelo erro. O Brasil tem pressa. A população espera uma resposta para seus anseios mais básicos. O bom disto tudo é que agora o Conselho de Ética poderá se debruçar sobre todos os casos que atentam contra a ética e o decoro parlamentar, inclusive o fato notório da deputada Flordelis, acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido. Chega de instabilidade política! Precisamos de harmonia e independência entre os Poderes.

A democracia me exigiu mais um voto coerente!
Jerônimo Goergen