Corridas de cavalos poderão contar com novos formatos de apostas, como bingos, loterias e corridas instantâneas
Os Jockeys Clubs brasileiros devem passar por uma grande transformação a partir da aprovação do Projeto de Lei 442/1991, que legaliza o funcionamento de bingos e cassinos no Brasil. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (24) pela Câmara dos Deputados e agora precisa passar pelo Senado para virar lei. Na prática, o texto aprovado altera a Lei 7.291/1984, que dispõe sobre as atividades da equideocultura, entre elas as atividades turfísticas. Com isso, as corridas de cavalos poderão contar com novos formatos de apostas, incorporando a modalidade de bingos eletrônicos, loterias e corridas instantâneas (instant racing), na qual o jogador aposta em corridas gravadas, selecionadas aleatoriamente pelo computador.
A ampliação das modalidades de apostas é uma antiga reivindicação dos Jockeys. As arenas de turfe alegam que, atualmente, a atividade é deficitária pelos altos custos envolvidos. Além disso, o turfe sofre a concorrência direta com outros tipos de jogos, como os sites internacionais de futebol. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) lembra que o tema envolvendo os Jockeys Club foi tratado durante as discussões da Lei de Liberdade Econômica, relatada pelo parlamentar. “Tentamos incluir esses dispositivos na MP 881, mas naquele momento não foi possível. Eu considero um grande avanço, já que isso vai gerar empregos e divisas para o Brasil”, destacou.
O parlamentar votou favoravelmente ao texto aprovado pela Câmara. Segundo ele, casas de jogos e apostas existem no mundo inteiro e é uma hipocrisia deixar o Brasil de fora. “Todos os anos, milhares de brasileiros viajam para destinos onde o jogo é legalizado. O nosso vizinho Uruguai, por exemplo, permite as apostas em belíssimos cassinos. Estamos exportando turismo há décadas. Chegou a hora de encarar esse debate com maturidade e responsabilidade”, finalizou.