Novo percentual de adição passa a valer a partir de 1º de setembro

O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a avançar no aumento da mistura obrigatória de biodiesel. Com isso, a mistura de 11% de biodiesel (B11) ao diesel fóssil comercializado no Brasil passa a valer a partir de 1º de setembro. O cronograma aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no final do ano passado estabelece o aumento de 1% ao ano no teor de biodiesel adicionado ao diesel fóssil até 2023. Com isso, a previsão é alcançar o B15 até março de 2023.

Nesta terça-feira (6), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recebeu o presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), que estava acompanhado de empresários e líderes das principais entidades que representam o setor, como Aprobio, Ubrabio e Abiove. “Esse ponto percentual adicional na mistura significa mais emprego, renda e sustentabilidade. Quanto maior a produção e o consumo do biodiesel, menor será a nossa dependência de diesel fóssil importado. Portando, esse momento merece ser comemorado e dividimos com o ministro Bento Albuquerque todo esse otimismo”, destacou Jerônimo.

O parlamentar ressalta que o cumprimento do cronograma de adição pode fazer do Brasil o maior produtor mundial de biodiesel. “Hoje, estamos atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2018, produzimos 5,3 bilhões de litros e a estimativa é de que tenhamos uma produção recorde de 6 bilhões de litros em 2019”, ressaltou. Outro reflexo importante da elevação da mistura é no complexo soja. A estimativa é de que haja um acréscimo de 15 milhões de toneladas no processamento da oleaginosa. “Estaremos agregando valor à produção agrícola e demandando mais investimentos do setor privado”, finalizou.