Na manhã desta terça-feira, o presidente da ACEBRA, Jerônimo Goergen, acompanhou a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024, em Brasília.

Para esta safra, serão disponibilizados R$ 364,22 bilhões. Os recursos vão apoiar a produção agropecuária nacional até junho de 2024. Desse volume, R$ 272,12 bilhões serão destinados para custeio e comercialização, e os outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos.

ARMAZENAGEM


Nesta safra, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) terá um aumento no volume de recursos de 81% para construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas e de 61% para armazéns de maior capacidade. O objetivo é fortalecer o financiamento de investimentos necessários à construção de novos armazéns, no intuito de aumentar a capacidade estática instalada de armazenagem.

Apesar de o setor cerealista não ser contemplado pelo PCA, por não ter previsão legal para equalização, a ACEBRA mantém contatos com o Ministério da Agricultura e Pecuária para que seja incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recursos para investimentos em armazenagem, com juros equalizados pelo Tesouro Nacional. A ACEBRA espera que tal iniciativa permita que as empresas cerealistas tenham acesso a recursos com condições iguais aos demais elos que atuam no mesmo segmento. Além disso, a ACEBRA tem realizado parcerias com bancos privados, como o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), para criação de linhas específicas para as empresas cerealistas, com juros e prazos adequados à atividade do setor.

DÉFICIT


De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o déficit de armazenagem no Brasil é de cerca de 70 milhões de toneladas. Para o presidente da ACEBRA, Jerônimo Goergen, é necessário olhar com atenção para essa demanda.  “O Brasil vem batendo sucessivos recordes na produção de grãos, isso torna imprescindível investir de forma consistente em armazenagem para melhorar a capacidade estática do país.”

Enquanto parlamentar, Jerônimo Goergen foi autor do Projeto de Lei 10079/2018, que autorizava a concessão de subvenção econômica para as empresas cerealistas, em operações contratadas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em 2021, o BNDES criou uma linha de financiamento para a construção de armazéns e a ampliação da capacidade de armazenagem das empresas cerealistas, chamada de BNDES Crédito Cerealistas. O volume total de recursos disponibilizados foi de R$ 200 milhões, que ficaram disponíveis por quatro meses.

Texto: Marília Souza/ACEBRA