A proibição de shows e apresentações culturais por conta da Covid-19 inviabilizou a renda de artistas regionais e produtores culturais. Sabemos que este é mais um dos tantos segmentos da sociedade que agoniza diante da pandemia. Mas não podemos ficar inertes ao sofrimento de milhares de famílias Brasil afora, que vivem das mais variadas manifestações culturais. Procurado por músicos nativistas, iniciei uma grande mobilização nacional para oferecer dignidade a esses trabalhadores. A ideia é fazer com que empresas e pessoas físicas possam utilizar os benefícios da Lei Rouanet (8.313/1991) para patrocinar projetos de música regional. A iniciativa está sendo vista como uma possibilidade concreta de auxiliar esse segmento importante do entretenimento. A proposta não representa nenhuma renúncia fiscal.  Pela amizade que eu tenho com músicos, compositores e produtores culturais, venho recebendo o apelo no sentido de montarmos uma proposta que permita o patrocínio de projetos interativos via internet (lives).  É importante que tenhamos uma frente ampla de apoio dentro do Congresso Nacional. O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e Tradição Gaúcha, deputado Ronaldo Santini (PTB-RS) já se manifestou favorável à nossa mobilização. Outro aliado importante é o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que pode assumir a relatoria da proposta em Plenário para fazer as alterações e adaptações necessárias. Com as mudanças já feitas no texto original, as empresas poderão usar parte do imposto devido para incentivar manifestações regionais. É importante que esses recursos sejam destinados a projetos culturais que premiem a participação de artistas locais e regionais. Os nomes de projeção nacional sentem a crise em menor grau e tem mais condições de mobilizar as grandes empresas. O que não é o caso de quem atua em nichos localizados. Quem não mede esforços em nos proporcionar alegria neste período de quarentena, merece todo o nosso apoio e reconhecimento.