Isenção de impostos para importação de trigo revolta produtores gaúchos
Deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) encaminhou ofício ao governo pedindo a revisão da decisão que derrubou Tarifa Externa Comum (TEC)
O presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), criticou nesta quinta-feira (31) a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação do trigo. O parlamentar encaminhou ofício ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) pedindo a revisão da decisão. “Tivemos uma boa safra de inverno e não podemos jogar esse balde de água fria no produtor, que estava animado com uma perspectiva de receber uma boa remuneração pela saca”, destacou o parlamentar.
A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autoriza a importação de uma cota adicional de 600 mil toneladas de trigo com a Tarifa Externa Comum (TEC) zerada até 30 de novembro. Em condições de normalidade, a TEC incidente sobre as compras fora do Mercosul é de 10%. O governo argumenta que a medida se justifica em virtude risco inflacionário que poderia ser produzido pela queda no fornecimento do produto vindo da Argentina. Por outro lado, a prorrogação da isenção da TEC não chega em boa hora para os produtores do Rio Grande do Sul, único Estado que tem trigo para comercializar. “Precisamos de medidas compensatórias para não prejudicar os triticultores brasileiros. Uma saída seria reduzir as alíquotas de ICMS interestaduais”, sugeriu o parlamentar.