Deputado Jerônimo Goergen (PP) recebeu o apelo de lideranças locais para acompanhar o caso e cobrará explicações se situação não se normalizar

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) manifestou preocupação nesta sexta-feira (7) com a situação vivida pela Iesa Óleo e Gás, empresa que se encontra em fase de instalação no Polo Naval do Jacuí, no município de Charqueadas (RS). Fornecedores locais reclamam da falta de pagamento por serviços prestados na área de alimentação e transporte, problema que se arrasta há pelo menos seis meses. “É uma empresa que recebeu incentivos fiscais e financiamento bancário, que tem um contrato bilionário com a Petrobras para o fornecimento de módulos de plataformas. Portanto, é um empreendimento de grande porte, que não pode ficar devendo na praça”, argumentou o parlamentar. Segundo Jerônimo, a dívida com empresas locais já repercute em toda a economia do município.

Além do problema da falta de pagamento dos fornecedores, a Iesa também dispensou cerca de 500 trabalhadores. O FGTS dos funcionários não teria sido depositado. Ainda há o risco de atraso nos salários deste mês. “Este é um investimento importantíssimo para o Rio Grande do Sul e não pode haver a omissão das nossas lideranças políticas. Fui chamado pela comunidade para acompanhar de perto essa questão e estou fazendo o alerta”, destacou Jerônimo. O parlamentar disse que vai aguardar até a próxima semana e ver se a Iesa cumpre a promessa de regularizar todos os problemas. “Espero que a empresa não esteja querendo ganhar mais tempo. Se as coisas não voltarem ao normal vamos pedir a realização de uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara. Além disso, solicitar ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria de Portos que tomem providências, cobrando explicações da companhia”, detalhou.

Instalada ao lado da Iesa, a Metasa também sofre na pele os reflexos com o impasse, já que será a responsável direta pela fabricação das estruturas metálicas dos módulos que compõem as plataformas de petróleo. “Tememos um efeito econômico em cascada que pode soterrar os planos de todo o Polo Naval do Jacuí. Por isso, exigimos respostas clara e objetivas do que se passa ali. Queremos entender o que leva uma empresa do porte da Iesa a dar sinais de desistência do negócio. Se levou dinheiro público e recebeu benefícios fiscais, deve investir no projeto”, cobrou Jerônimo.