Um total de nove deputados e uma senadora aceitaram o convite da direção da FETAG e compareceram na manhã de hoje (6), na sede da Federação, em Porto Alegre, para realizar um bate-papo sobre a reforma da Previdência Social. Diretores, coordenadores e assessores regionais participaram da programação, que foi aberta pelo presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, que apresentou aos parlamentares um verdadeiro raio-X da atual situação da Previdência Social e provou – com todos os números – que os rurais não são os responsáveis pelo rombo nas contas da previdência, mas sim que pagam a contribuição e ainda recebem em sua esmagadora maioria (95,5%) tão somente um salário ao se aposentarem.

Joel destacou que a reforma da Previdência Social, da forma como foi elaborada pelo governo federal, trará prejuízos incalculáveis aos trabalhadores, sejam rurais ou urbanos. O dirigente cobrou, ainda, a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que foi criado no governo FHC e permitiu o avanço nas políticas públicas para os pequenos produtores. A FETAG já tem diretores que viajaram para Brasília, onde permanecerão, em tempo indefinido, para cuidar desta questão da reforma. Ao mesmo tempo, serão realizados duas manifestações no Estado: dia 21 em Santa Cruz do Sul e dia 23 em Santa Rosa. “Estamos completamente mobilizados e vamos lutar com todas as nossas forças para não perder nenhum direito”, afirmou o dirigente.

Os depoimentos dos parlamentares:

Pepe Vargas (PT) – “Tenho total identidade com as pessoas que estão aqui. Os números apresentados pelo presidente Joel sobre o rombo da Previdência são verdadeiros. Precisamos fazer um debate sério. Parabenizo a FETAG pela iniciativa”.
Assis Melo (PCdoB) – “Precisamos de unidade para realizar uma luta muito forte para impedir que se percam direitos adquiridos e conquistados. Que cada trabalhador rural e urbano vejam em nós uma trincheira desta luta e resistência”.
Ana Amélia Lemos (PP) – “Não podemos tratar da mesma forma atividades diferentes. O trabalhador rural não pode ser comparado a setores da indústria ou construção civil, por exemplo. Não votarei nessa reforma. Contem comigo”.
Deonilso Marcon (PT) – “Vamos lutar em defesa dos trabalhadores do campo e da cidade. Essa reforma da previdência, quem vai pagar são os trabalhadores, aqueles que têm carteira assinada. Os agricultores pagam muito. Nenhum direito a menos”.
Heitor Schuch (PSB) – “Me preocupo com os colegas parlamentares que não vieram. O abacaxi não vai descascar aqui, mas em Brasília. A eleição de Rodrigo Maia acendeu a luz vermelha. Temos que ir para lá e fazer o corpo a corpo. O problema da previdência são os altos salários e não quem ganha o mínimo”.
Francisco Alves, representando Giovani Scherini (PR) – “A aposentadoria diferenciada é imprescindível para o agricultor familiar. Temos que garantir o voto contra a reforma”.
Alceu Moreira (PMDB) – A atividade na agricultura é diferente e só por isso deve ser discutida a parte. Vamos ter que achar um capítulo especial, pois 99,5% dos trabalhadores rurais se aposentam com um salário mínimo e não os responsáveis pelo rombo”.
Elvino Bohn Gass (PT) – “Me emociono cada vez que entro neste auditório e vejo a história nestas fotos. O projeto de reforma da previdência é o mais cruel e desumano que já vi em toda minha vida. Vou construir as emendas com vocês”.
José Fogaça (PMDB) – “Discutir reforma é uma atitude corajosa e necessária. Cumprimento a FETAG por se posicionar e apresentar uma linha de raciocínio. O Brasil não conhece a palavra reforma há muitos anos”.
Jerônimo Goergen (PP) – “Para mexer lá em Brasília é preciso ter bastante voto. Quero ver nós todos juntos – situação e oposição – para garantir o que a agricultura familiar necessita. O que o presidente Joel pedir nós vamos votar”.

Fonte: http://www.fetagrs.org.br/site/noticias.php?id=2577

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 99314-5750

Assessoria de Imprensa – 06/02/2017 – Luiz Boaz (51) 99314-5699