Criadores e agroindústria consideram positiva liberação de milho dos EUA
CTNBio aprovou importação de três variedades de milho transgênico norte-americano para a produção de ração no Brasil
Lideranças da agroindústria nacional e criadores comemoraram nesta quinta-feira (6) a decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), que autorizou a importação de três variedades de milho transgênico dos Estados Unidos. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, disse que a medida representa mais uma opção de compra do cereal, fazendo com que os preços se acomodem no mercado interno. “Estamos trabalhando com elevados custos de produção e acumulando grande prejuízos. Sem dúvida essa decisão é importantíssima e vai ajudar nosso setor a atravessar esse momento”, explicou.
Já o coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), disse que a falta de milho no mercado interno se deve ao aumento das exportações e uma frustração na safra em 2016. “Tentamos viabilizar maiores quantidades do grão através de mecanismos governamentais, como milho balcão, mas não foi suficiente. O milho americano vai amenizar essa falta, beneficiando em grande medida as cadeias de aves e suínos, responsáveis por 70% de tudo o que é consumido no Brasil”, argumentou o parlamentar. Atualmente, a saca de milho de 60 kg está sendo comercializada em até R$ 48 no mercado gaúcho, preço considerado muito pesado se levada em conta as estreitas margens de lucro que o segmento vem trabalhando, muitas vezes operando no vermelho.