Câmbio derruba a competitividade do comércio, indústria e produção primária no Brasil
Reforma tributária e revisão das regras do Mercosul são medidas urgentes para solucionar desigualdades econômicas existentes
O dólar em queda tem sido um atrativo irresistível aos compradores brasileiros que cruzam a fronteira para adquirir produtos no Uruguai e Argentina. Porém este mesmo câmbio tem sido extremamente nocivo ao comércio, indústria e até mesmo à produção primária do RS. O Deputado Federal Jerônimo Goergen (PP) aponta uma situação que está ocorrendo com freqüência no Estado. A carga tributaria e o cambio estão fazendo com que as pessoas estejam indo buscar produtos de supermercado e outros na Argentina. O parlamentar destaca situações onde há enorme disparidade de preços entre produtos idênticos, caso por exemplo de um galão de óleo vegetal de 5l de girassol que custa R$ 9 na argentina, enquanto que no Brasil o litro é comprado por R$ 6. Outro caso se dá em vinhos e espumantes, onde marcas conhecidas são comercializadas a menos de dez reais.
“É importante deixar claro que o cidadão não comete nenhum crime ao fazer as compras, pois está em busca do produto mais em conta. Porém precisamos agir para proteger nossa economia, que perde devido ao câmbio e as altas taxas tributárias”, diz Jerônimo.
O câmbio nos moldes atuais destrói a economia brasileira e o RS sofre com desemprego, diminuindo compras no comércio. Já foram registradas diversas demissões na indústria de máquinas em razão do câmbio e da elevada carga tributária. O câmbio também vai impedir que os produtores ganhem mais pela saca de soja, que tem produção recorde, deixando de fazer girar mais recursos no mercado interno. Também são verificados casos de lojistas que buscam produtos para vender no lado brasileiro, muitas vezes sem nota, para não perder seus clientes.
“A Nossa luta para dar igualdade de condições econômicas para cidades onde existem Free Shops agora se amplia, tornando a questão como um todo como um problema de fronteira, exigindo uma revisão do Mercosul, já que inclui as pautas também do trigo e do arroz e agora para o comercio em geral. Vou solicitar esta semana reunião na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda para encaminhar o tema”, finaliza Jerônimo.