Por Deputado Federal Jerônimo Goergen (PP-RS)

 

Venho acompanhando com muita atenção o debate sobre diversidade sexual e sua aplicação na arte. Considero que é preciso separar e esclarecer o que realmente está em jogo. No recente episódio da polêmica exposição “Queermuseu”, realizado no espaço Santander, em Porto Alegre, considero que havia obras que exigiam classificação etária para serem observadas. E como cristão, fiquei incomodado com a deturpação do uso de elementos sagrados, com a inscrição de mensagens chulas em hóstias. Sem falar num vídeo onde o sujeito recebe uma ejaculação no rosto. Ou nas telas que reproduziam zoofilia e pedofilia. Arte duvidosa e repugnante. Ademais, era uma exposição feita com dinheiro público, recursos dos impostos pagos pelo cidadão. Natural, compreensível e legítimo que a sociedade tenha se levantado contra a exposição, levando o Banco Santander a suspender o evento. Não tem problema algum em levar este tipo de conteúdo para espaços privados, com curadoria particular. E restrita ao público maior de idade. Nos mesmos moldes de um filme com conteúdo adulto.

Muito desse embate é uma reprodução da disputa política que se estabeleceu no Brasil entre direita e esquerda, acirrando uma clara divisão na sociedade. Afastados do poder e acusados das mais variadas práticas delituosas, sobrou muito pouco espaço de manobra para PT, PSOL, PC do B e afins. Um dos nichos de atuação desse grupo é nas escolas e universidades, onde temos um inflamado debate sobre a Escola Sem Partido. Fui autor da denúncia ao MPF, do uso de estudantes como massa de manobra de professores-militantes. Outro espaço de embate é justamente a politização das causas que envolvem gênero, misturando conceitos e deturpando valores sociais. Guardo muito respeito pela orientação sexual de todas as pessoas. Todos merecem ser felizes e bem sucedidos nas suas escolhas. Aprendi com meus pais que, para ser respeitado, é preciso respeitar. No entanto, eu percebo que o tema da diversidade sexual e dos relacionamentos homoafetivos ganharam contornos claramente partidários. E não tenho visto respeito do lado de lá com a escolha que a maioria segue fazendo, de se relacionar entre homem e mulher, constituir família e praticar a religião.

Pulo agora para outro episódio, este chocante, que aconteceu no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. As imagens de uma criança tocando um homem nu, incentivada pela mãe, me causaram nojo e revolta. Claramente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi violado. Agora sabemos que a mãe da menina era uma ativista de esquerda. A agenda deles está bem definida. Se infiltrar em escolas, universidades e espaços culturais para fazer uma pregação contrária aos valores e conceitos da ampla maioria da sociedade. Eu aprendi que Deus é bom e a família é nosso alicerce. Mas não saio pregando por aí para que todos devem ir à igreja ou que se relacionem entre homem e mulher. Como disse anteriormente. Eu respeito a opção de cada um. Só não venham me pregar que é bom ser ateu, que as crianças precisam ser iniciadas sexualmente na tenra idade, dentro das escolas, ou que vale tudo pela arte. É como dizer que Lula é inocente e que foi o melhor presidente que o Brasil já teve. Temos divergências profundas e abrimos os olhos para o verdadeiro objetivo dos nossos adversários.