O Brasil não sai da minha cabeça. Na realidade eu não consigo parar de pensar no que estamos fazendo há décadas com nosso país e as perspectivas para as próximas gerações. Ainda mais agora que enfrentamos uma pandemia mundial e um drama particular na saúde pública. Como se isso já não bastasse, temos uma guerra política interna acirrada exponencialmente por controvertidas decisões judiciais capazes de permitir que um condenado volte à cena eleitoral. Mas há muitas pessoas raciocinando bem, trabalhando duro e apontando para bons caminhos. Resolvi ir atrás do conhecimento delas e dividir essas ideias com alguns bons amigos. Assim nasceu o “Diálogos pelo Brasil”, encontros on-line semanais com profissionais e pensadores de diversas áreas. Um fórum virtual de debates para trazer um pouco de luz e informação que atualmente não vemos nos meios de comunicação. No nosso primeiro encontro tivemos a oportunidade de ouvir o Doutor em Economia Aod Cunha, ex-secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul. Dele recebemos o alerta para o chamado fim do “bônus demográfico” brasileiro, a janela de oportunidade que permite um maior número de pessoas em idade ativa aptas a trabalhar. A consequência do término desse fenômeno populacional impõe uma exigência matemática complexa: se quisermos continuar crescendo na média do crescimento dos últimos 20 anos, a mesma taxa que nos colocou abaixo da média mundial, teremos que quadruplicar o crescimento total da economia a partir do final desta década. E isso só será possível através de um choque de produtividade de todos os segmentos da sociedade. Mas principalmente do setor público. E aqui entra a responsabilidade dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para que convirjam na agenda de reformas que já não podem mais ser adiadas. O Estado precisa diminuir de tamanho, ser mais eficiente, menos burocrático, oferecer justiça tributária aos seus cidadãos. Avanços importantes já foram feitos, mas precisamos acelerar o passo.

Deputado Federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS)
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