A mudança nos rumos políticos no Brasil abriu excelentes perspectivas para nossa economia. A assunção de gestores com pensamento e práticas liberais devolveu a esperança na retomada dos investimentos e geração de emprego. No entanto, o mercado financeiro e os diferentes setores econômicos aguardam o sinal verde para avançar. Por enquanto, o que ainda temos na prática é uma altíssima carga tributária, elevados custos de produção e sérias dificuldades em competir com nossos vizinhos e mercados internacionais. Portanto, a abertura de nossa economia deve vir precedida de alguns deveres de casa que ainda não fizemos. Baixar impostos, reduzir o tamanho do Estado, investir em infraestrutura e acabar com a burocracia. Ou seja, dar as condições estruturais necessárias aos nossos empreendedores. O caso do fim da taxa de importação do leite em pó serviu de alerta para o governo e mostrou que estamos fragilizados em muitos segmentos. Nesse caso, o Ministério da Economia ainda estuda medidas compensatórias para o fim da tarifa antidumping para a entrada do produto vindo da Europa e Nova Zelândia, uma vez que a medida traz sérios prejuízos aos produtores locais. Como o próprio ministro Paulo Guedes falou numa reunião com a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado: somos liberais, mas não somos idiotas! Essa falta de competitividade que chama pelo nome de “Custo Brasil” pode ser mensurada em números quando pegamos como exemplo uma lavoura de arroz. A mesma área produzida no Paraguai custa a metade do que o produtor brasileiro paga aqui. Energia elétrica, insumos, mão-de-obra…tudo é mais caro do lado de cá. E assim é com uma infinidade de itens, sejam eles de origem animal, vegetal ou produtos industrializados. Temos muito trabalho pela frente e o tempo é curto para tantas reformas que precisam ser feitas.