BNDES vai reativar linha de composição de dívidas agropecuárias e Banco do Brasil prepara linha própria com 12 anos de prazo e três (3) de carência
O coordenador da Comissão de Endividamento Agrícola da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), confirmou que o governo federal vai editar uma Medida Provisória (MP) nos próximos dias criando o Fundo de Aval Solidário (FAS). O mecanismo funciona como uma espécie de seguro do crédito, garantindo e barateando as operações. Com a implantação do FAS será possível operacionalizar a linha de composição de dívidas do BNDES, que será reativada até setembro de 2019. “É um produto para o produtor organizar sua vida financeira, já que ele permite quitar dívidas dentro e fora dos bancos. Já estamos organizando uma agenda com o presidente do BNDES, Joaquim Levy, para discutirmos a possibilidade de termos juros mais baixos”, destacou o parlamentar.
Banco do Brasil
O senador Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS), o deputado Jerônimo Goergen e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), foram recebidos nesta terça-feira (9) pelo vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel da Silva. No encontro, o dirigente confirmou que a instituição prepara o lançamento de uma linha própria de refinanciamento de dívidas.
O produto a ser lançado pelo BB também terá até 12 anos de prazo para pagamento com três (3) de carência e juros de 12% ao ano, que poderão ser reduzidos caso o produtor opte por menos tempo para quitar seus débitos. Já para as perdas bancárias o juro praticado pelo banco será de 0,6% ao mês. “Assim que a linha for anunciada, os produtores devem procurar as agências. E com a liberação das linhas as execuções judiciais serão suspensas”, assegurou Jerônimo.
Arroz
Em relação às lavouras de arroz que sofreram perdas climáticas, as agências do Banco do Brasil estão sendo orientadas a proceder imediatamente o trabalho de prorrogação dos vencimentos até que sejam anunciadas propostas concretas quanto ao endividamento. “Mesmo sabendo que muitos produtores não consideram essas medidas como ideais, acredito que tivemos avanços significativos diante da inexistência de alternativas vinda do governo federal até o momento”, finalizou Jerônimo.