Governo gaúcho confirma licença para controle da Helicoverpa
Liberação para produção e comercialização de produto biológico contra lagarta deve sair nesta sexta-feira (13)
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) deve emitir nesta sexta-feira (13) as licenças de liberação para a produção e comercialização do defensivo biológico BT Control, utilizado no controle Helicoverpa armigera, lagarta que vem dizimando a cultura da soja. A informação foi confirmada pelo presidente da Comissão de Integração Nacional da Câmara Federal, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que nesta semana fez duras críticas sobre a burocracia do governo gaúcho. “Nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás e Minas Gerais, os órgãos responsáveis já autorizaram as licenças. Só faltava o Rio Grande do Sul liberar”, destacou o parlamentar.
O presidente da empresa responsável pela produção do BT Control, Marcelo Oliveira, havia relatado a Jerônimo as dificuldades encontradas para conseguir uma resposta do órgão ambiental. “Trata-se de uma empresa genuinamente gaúcha, que desde agosto vinha tentando, sem sucesso, obter algum retorno do setor responsável pelo caso dentro da Fepam. A pressão política surtiu efeito e já temos inclusive uma reunião agendada entre a empresa e o órgão ambiental, que deve acontecer no próximo dia 17”, destacou. O parlamentar ressaltou que o BT Control é um defensivo biológico, produzido de forma natural e que não gera impactos ao meio ambiente. “Esse produto deve substituir o agroquímico importado que vem sendo utilizado nas lavouras, considerado extremamente agressivo”, destacou.
A Helicoverpa armigera já provocou prejuízos bilionários às lavouras brasileiras de algodão, milho e soja. A praga se alimenta de todas as fases da planta e se caracteriza pela extrema voracidade. Os produtores atingidos já estão replantando as áreas afetadas e cobram agilidade das autoridades, uma vez que a cultura obedece a um ciclo que não pode ser perdido, sob pena de inviabilizar a plantação de milhares de hectares. Até o momento, o Rio Grande do Sul é o único estado onde o produto ainda não pode ser comercializado.