Criação de fundo de aval coletivo poderia agilizar adesão à linha do BNDES, funcionando como seguro e barateando custo do crédito
O governo federal acolheu as propostas da Comissão de Endividamento Agrícola da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e já trabalha na criação de um mecanismo econômico que vai facilitar o acesso de crédito ao produtor rural. Em reunião realizada nesta quinta-feira (21), no Ministério da Economia, dirigentes da FPA cobraram agilidade no socorro ao setor produtivo nacional. De acordo com o coordenador da FPA, deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), a solução passa pela criação de um fundo de aval coletivo, que agilizaria a adesão à linha de recomposição de dívidas agropecuárias do BNDES. “A proposta ainda está sendo construída. O importante é que a ferramenta vai baratear o custo do crédito, funcionando como um seguro para as operações”, destacou o parlamentar.
Já o subsecretário de Política Agrícola, Rogério Boueri, explicou que o fundo garantidor coletivo e solidário é um sistema que tem funcionado bem em diversos países. “Temos uma primeira linha de defesa que são os produtores. Em segundo lugar os atores que também concedem crédito, como empresas cerealistas, cooperativas e tradings. E, por último, o próprio governo. O fundo de aval barateia o custo dessas operações”, explicou Boueri. A reunião no Ministério da Economia ainda contou com a presença do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. A equipe técnica deve apresentar a proposta até o dia 12 de março, na reunião semanal de diretoria da FPA, colegiado presidido pelo deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que também participou do encontro. Logo após a reunião no Ministério da Economia, Moreira e Goergen foram recebidos pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e tiveram a oportunidade de fazer um relato da proposta.
Entenda o caso
No primeiro semestre de 2018, a Comissão Externa do Endividamento Agrícola (CEXAGRIC) da Câmara dos Deputados investigou as causas e propôs soluções para a crise de renda no campo. Entre as iniciativas, destaque para a criação de uma linha de recomposição de dívidas rurais, com três anos de carência, nove anos de prazo para pagamento e juros de 11,5% ao ano. Foram disponibilizados pelo banco um total de R$ 5 bilhões, com limite de R$ 20 milhões por tomador. Na prática, a maioria dos bancos optou por não aderir à linha, alegando que se tratava de uma operação de altíssimo risco.
Bola de neve
Dados encaminhados à CEXAGRIC revelam que as dívidas agrícolas dentro do sistema financeiro superavam os R$ 300 bilhões em 2017. Estima-se que um volume similar a este esteja fora do sistema financeiro, dívidas contraídas junto a fornecedores, cerealistas, tradings e cooperativas. “A inadimplência oficial é de apenas 1,5%. Isso dá uma sensação de que a situação está sob controle. Mas não. O produtor vive numa ciranda financeira de pegar um crédito novo para quitar um mais antigo e, assim, vai jogando o problema para frente. Agora, estamos chegando num estágio perigoso, onde a bolha está prestes a estourar”, ressalta o parlamentar. Além do alívio financeiro, o setor produtivo cobra soluções estruturais para os altos custos de produção e a concorrência desleal com os países vizinhos.
fevereiro 22, 2019
Parabens , Dep. Jeronimo. Contamos contigo nesta luta pelo produtor rural.
março 24, 2019
Parabéns Deputado
Sempre defendendo o homem do campo
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos repassá-lo ao deputado. Abraço
fevereiro 22, 2019
Confiamos no seu trabalho!! De pessoas assim que precisamos para governar!! Ótimo trabalho!!
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos repassá-lo ao deputado. Abraço
fevereiro 26, 2019
Parabéns Dep.Geronimo, excelente trabalho,o produtor rural queremos trabalhar, quem alavanca a economia deste gigante Brasil é agricultura.
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos repassá-lo ao deputado. Abraço
março 7, 2019
precisamos de juros menores e prazo maiores,como foi a secutirizacao !!!mas te agradeco pela dedicacao e teu esforco pelo produtor rural.
março 13, 2019
Boa noite Deputado,
como está a negociação? Enfrentamos esse problema de endividamento e contamos com Vossa Excelência … Aguardo resposta. Obrigado.
março 24, 2019
Bom dia,
A resposta era para o dia 12/03?
Teve algo sobre a proposta?
Tenho uma divida de 2017 e tenho tentado solucionar o mais rápido.
março 24, 2019
Eu tenho um financiamento de custeio e o mesmo está vencido em outubro de 2017 venho tentando renegociar e não consigo.
O mesmo é com a Caixa Federal.
Essa nova normativa com o BNDS vence 30/03 e a resposta do gerente e que a caixa não aderiu ao programa.
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos repassá-lo ao deputado. Abraço