Devido à amplitude do tema, o relator da MP da Liberdade Econômica, Jerônimo Goergen (PP-RS), se preocupa com o prazo da proposta, que caduca em setembro. Já foram apresentadas 301 emendas, das mais variadas — desde o fim da tabela da frete até a permissão para usinas de biodiesiel funcionarem aos domingos (como o maquinário leva dois dias para desligar, hoje, elas pagam multas). Para evitar que a tramitação se arraste, a intenção dele é apresentar logo um relatório, para ir negociando com os parlamentares já com base no texto.

Obstáculo.
Outra dificuldade à vista é o recesso. Apesar de a contagem do prazo ser interrompida no período, os parlamentares se desmobilizam quando ele se aproxima e demoram a engrenar quando voltam.

Jeitinho.
Goergen quer usar a amplitude a seu favor. Por tratar de temas que vão do tributário ao trabalhista, ele enxerga “muita margem” para negociar, inclusive com a oposição.

Campo minado.
A expectativa de Paulo Gontijo, presidente nacional do Livres, é de que o texto seja “bastante atacado em função da composição da comissão”: muita gente com inclinação para a centro-esquerda.

Confiante.
Segundo Paulo Uebel, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, o governo está otimista. “As emendas para ampliar a liberdade econômica são bem vindas. É o processo democrático.”

FONTE: ESTADÃO