Deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) pede investigação rigorosa sobre truculência e uso de seguranças armados em São Vicente do Sul

O deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) solicitou nesta sexta-feira (23), ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, uma apuração rigorosa sobre os fatos narrados por uma funcionária do Instituto Federal Farroupilha de São Vicente do Sul (RS). Segundo o relato da assistente administrativa Candida Maria Maciel dos Santos, postado em sua rede social, havia a presença de seguranças armados no ato político em defesa do ex-presidente Lula. A funcionária confirmou que alunos ficaram feridos na confusão e que armas foram apontadas para os estudantes. “Temos mais um caso gravíssimo que não pode ficar impune. É preciso ter acesso ao circuito interno de câmeras para investigar esse escândalo”, reagiu o parlamentar.

A servidora ainda relata que a entrada do IFFar São Vicente passou a ser controlada pela militância do PT, com a distribuição de adesivos do partido. Quem não tinha identificação partidária, foi impedido de ingressar nas dependências da universidade. “No momento em que o ex-presidente adentrou à escola, deixamos de ser uma instituição de ensino pública e passamos a ser um reduto do PT”, denunciou Candida dos Santos. O deputado Jerônimo Goergen já está estudando as medidas judiciais cabíveis para acionar a reitora do IF Farroupilha, Carla Comerlato Jardim, e o diretor-geral Deivid Dutra de Oliveira. “Não basta uma nota oficial desmentindo e se eximindo de responsabilidade. Os fatos narrados, tanto pelos alunos quanto pelos servidores, inclusive com vídeos e fotos, é estarrecedor”, argumentou Jerônimo.

Uso das universidades públicas

Além do IF Farroupilha, outras universidades públicas foram utilizadas como palco político na conturbada passagem de Lula pelo Rio Grande do Sul. Destaque para os atos realizados na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Bagé, e na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). “Também estou formalizando um pedido de explicações para os reitores dessas instituições, para que informem sobre a estrutura utilizada e o volume de recursos dispendido na organização desses eventos, bem como os incidentes registrados nas suas dependências”, explicou. O parlamentar também vai acionar o Ministério da Educação para que promova uma sindicância interna para apurar possíveis irregularidades na utilização das estruturas públicas de ensino como espaços de promoção de eventos partidários. “As universidades tem o papel de educar e não de servir como instrumento político”, finalizou Jerônimo.