Deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) alertou o governo para a doutrinação político-ideológica em instituições mantidas com recursos federais

“Tópicos Especiais em História: o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, “Golpes de Estado, autoritarismo e repressão no Brasil republicano”. Seriam seminários promovidos por sindicatos? Ou mesas redondas organizadas por DCEs? Quem sabe seriam chamadas para encontros regionais de partidos alinhados à esquerda? Nada disso. Estes são os nomes de algumas das disciplinas oferecidas por universidades públicas federais, bancadas com recursos pagos pelos impostos de todos os brasileiros.

A proliferação dos supostos cursos levou o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) a encaminhar ofício ao ministro da Educação, Mendonça Filho, onde o parlamentar alerta para o caráter político-partidário o das disciplinas oferecidas aos estudantes. “Isso só escancara a tentativa de aparelhamento das universidades públicas por militantes de esquerda. Nem dá para chamar de professor. Isso tudo mantido com recursos públicos federais, dinheiro dos impostos pagos por todos os brasileiros”, criticou o parlamentar.

No documento encaminhado ao MEC, Jerônimo lembra que a metodologia foge completamente ao espectro educacional, passando a se inserir no contexto de doutrinação dos jovens que são o futuro de nosso país. “A autonomia universitária, as liberdades de cátedra e o direito de expressão dos docentes não podem servir de subterfúgio para fins nebulosos. É livre o direito de manifestação de qualquer pessoa, mas não em ambiente de trabalho, não em um ambiente em que o docente exerça, mesmo que intelectualmente, uma hierarquia sob seus alunos”, argumentou.

O parlamentar acrescenta que é inaceitável que este quadro se mantenha em estabelecimentos federais e com recursos federais. “Por se tratar de tema com potencial de sequelas para toda a sociedade brasileira, sugiro a convocação imediata de reunião para que se possa viabilizar um plano de trabalho para por termo a esta arbitrariedade perpetrada pelas nossas instituições de ensino”, conclui Jerônimo. UnB, Unicamp, UFBA, Ufam, Ufrgs e UEPB são algumas das universidades envolvidas no polêmica dos cursos.