O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), lamentou o esvaziamento do Ministério da Agricultura durante o governo Dilma Rousseff (PT). Pela pasta já passaram três diferentes titulares e um quarto deve ser indicado com a saída de Antônio Andrade, que disputará as eleições de outubro em Minas Gerais.

Segundo Jerônimo Goergen, a falta de continuidade no Mapa produziu graves problemas para o setor produtivo. De acordo com o parlamentar, o ministro Antônio Andrade não teve a condição de articular alguma ação que tenha sido marca dele. O ministro anterior (Mendes Ribeiro) teve a saúde debilitada e seu antecessor (Wagner Rossi) enfrentou problemas na justiça.

“Nestes quatro anos praticamente não houver uma política agrícola consistente sendo construída pelo ministério da Agricultura”, afirmou.

Na avaliação do deputado gaúcho, o próximo ministro cumprirá apenas um papel de transição até as eleições de outubro. Goergen espera que o próximo presidente da república confie ao ministério a real importância que a pasta merece.

“Independente de quem venha a ser, espero que o próximo presidente da república, possa valorizar a indicação do ministro, seja da área ou não, mas com capacidade para tomar as decisões que os ministros deste governo não tiveram condição.

O parlamentar defendeu publicamente o nome do atual secretário de política agrícola do Mapa, Neri Geller, no lugar de Antônio Andrade.

“Seria um nome certo para um mandato tampão, já que se trata de um político experiente e que conhece bem o setor primário nacional”, finalizou.