Jerônimo Goergen (PP-RS) entende que busca por status de zona livre de aftosa sem vacinação deve ser feita tecnicamente e alcançada com segurança

O coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), defendeu nesta segunda-feira (5) um amplo debate entre todas as cadeias produtivas da carne no sentido de transformar o Rio Grande do Sul em zona livre de aftosa sem vacinação. “O Estado já tem a condição técnica de poder avançar. E consequentemente ganhar mercado em todos os setores: suínos, frango e pecuária de corte. No entanto, nós não podemos deixar de cuidar exatamente essa questão de que temos uma fronteira bastante ampla, uma fronteira seca, de países que não tem um controle adequado. Nós precisamos montar um projeto que nos dê a segurança do controle de fronteiras”, ponderou o parlamentar.

Jerônimo disse ainda que vai solicitar ao governo do Estado e ao Ministério da Agricultura que os debates sejam travados no âmbito do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (FUNDESA). “Para que a gente meça todos os riscos. Porque uma cadeia perder, a perda é horrível para todos nós. Temos que ouvir todas as cadeias, valorizar os riscos e as angústias de cada um, para tomarmos juntos a decisão. Só o fato de debatermos já nos dá credibilidade perante o mercado internacional”, argumentou Jerônimo.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, esteve recentemente no Brasil, onde se reuniu com o presidente Michel Temer para discutir a situação sanitária brasileira e a possiblidade de conferir o padrão livre de febre aftosa com vacinação em 2018, status que é aguardado há 50 anos. O Rio Grande do Sul já é livre da doença com vacinação e registrou o último foco em 2001. Não existe circulação do vírus no território gaúcho desde 2002. O avanço do status sanitário permitiria o acesso a mercados hoje restritos.